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quarta-feira, 20 de junho de 2012

O elo


O elo não é paralelo
É um ciclo indefinido
Indefinido e infinito
Não é feio, tampouco é belo
É precioso, mas
Não é de prata
Não é de ouro
É flexível sim,
Não, não é de mercúrio
Não é de cobre...
É forte
Ferro não é
Presente e denso
Mas também não é de estanho
E muito menos chumbo
O elo é uma amálgama
Talvez tenha tudo,
Talvez não seja de nada


Crepita , arde, aquece e flameja
É fogo também
Desliza, adapta, molha e reflete
Tem água no ser
Flutua, viaja, revela e liberta
O vento está aqui
Protege, firma, analisa e fortalece
É fortaleza de terra
É tão imaterial quanto o Akasha*
Transformador feito o alquimista
Majestoso feito o mago
Magistral como o bardo
Concentrado como o sacerdote
Consciente como o druida
Impetuoso como o imperador
Sábio assim como a sibila
Temido feito a bruxa
Cruel como a amazona
Poderoso como a rainha
Vivaz como a odalisca
Conciliador como a mãe

Belo? Besta?
Bela fera?
Besta bela?
Ou beleza besta?


Nada...
Qualquer coisa...
Tudo, nada...


Verbo, tempo e espaço
Natureza, máquina composta
Deus, Deusa
Polar, Magnético
Espiritual e herético
“Religare”
O elo é perdido
E quando o encontramos
Encontramos algo
E esse algo é...