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domingo, 15 de dezembro de 2013

Coisas e histórias





Corda, gancho, bala de prata e raiz de mandrágora.
Corda, gancho, bala de prata, raiz de mandrágora.
Foto by me.

De onde isso veio? Quem o criou?

Por que mãos esse alimento passou antes de vir parar no meu prato?


Quantas histórias esse corredor observou?


Quantas pessoas ficaram felizes ao ver essa paisagem?


Quantas vidas esse objeto mudou?


Muitas perguntas, muitas respostas…


As coisas, elas tem uma história muito grande… Eu tenho uns colares de dentes de animais, e observando-os parei pra pensar. Esses dentes um dia foram partes de um ser vivo, um ser vivo que viveu (oh! Que óbvio!), andou por lugares… Procurou por comida, teve vontades ainda que apenas instintivas, viu coisas ao redor do mundo. E nisso que percebi que todas as coisas, que de alguma forma a gente tem ou utiliza ou convive ou foda-se o que você faz com ela, mas ela tá em contato com você, tem todo um histórico, um passado e talvez tenha vivido muitas transformações até estar agora com você. E isso não é só pra objetos inanimados, úteis ou inúteis, decorativos ou necessários, isso é empregado principalmente em pessoas. Imagine o quanto essas pessoas tiveram de experiência ainda por quão pouco elas tenham vivido. Imagine o que você pode aprender com elas. Imagine o quão marcadas elas são, e que cicatrizes elas carregam consigo. Então, a lição que fica dos dentes de búfalos e lobos do mar é essa: O que as coisas têm a nos dizer? 


 Talvez também digam: O que as pessoas têm a nos dizer?


Então ouça-as.


Ouça-as e as ajude a continuar sua história, enquanto você escreve sua própria.

Dentes e uma cruz amiga.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Oscilações


31/05/13

Em uma tarde tediosa, envolta em algum ritmo de estudo, eu consigo perceber o quão oscilatório pode ser meu humor. E por que não meu caráter? Porque momentos insensatos podem trazer à tona ações deploráveis, mesmo que uma pessoa se comporte como Gandhi nos momentos de sensatez.

Isso de fato não é uma bipolaridade, nem o transtorno e tampouco uma expressão pra descrever uma mentalidade variável, mesmo porque não consigo visualizar o psicológico humano como sendo uma única coisa de dois polos, mas sim uma aberração figura  complexa multidimensional, multifacetada, polifásica e multipolar.

Talvez as oscilações de humor se devam a uma margem de irritabilidade fácil. Ou então a processos mentais mais complexos que deixem a personalidade mais volúvel. Ou ainda ao balançar que o barco da alma sofre no mar da vida. Mas no fundo isso não importa desde que as pessoas consigam conviver com você e ainda mais importante, que você conviva bem consigo mesmo.

E eu continuo me perguntando por que a consciência humana e racionalidade humana não podem ser consideradas uma aberração? Quero dizer, tendo a vista todos os outros seres vivos, talvez sejamos uma aberração natural.

Esperança


Hope is beauty, personified.
Fonte: Desconhecida.


Então é disso que se trata crescer? Errar. Levar porrada, continuar, seguir adiante, levar mais porrada. E ainda arrumar mais força pra seguir adiante.


A luz no fim do túnel ainda não se apagou, ainda não. Nem vai, sempre haverá, se você acreditar que haverá mais alguma.


Esperança.


A mãe de todas as crenças e religiões.


É disso que se trata, o apoio final dos homens.


E é também por isso que eles não a deixam morrer. A fizeram imortal.


Ela é aquilo que faz os homens seguirem adiante apesar de tudo.


Ela é aquilo que eu desejo encontrar.


É aquilo que eu vou ser.


Aquilo que desejo que você  encontre.


Aquilo que no fundo todos nós somos, embora não saibamos.