Corda, gancho, bala de prata, raiz de mandrágora. Foto by me. |
De onde isso veio? Quem o criou?
Por que mãos esse alimento passou antes de vir parar no meu
prato?
Quantas histórias esse corredor observou?
Quantas pessoas ficaram felizes ao ver essa paisagem?
Quantas vidas esse objeto mudou?
Muitas perguntas, muitas respostas…
As coisas, elas tem uma história muito grande… Eu tenho uns
colares de dentes de animais, e observando-os parei pra pensar. Esses dentes um
dia foram partes de um ser vivo, um ser vivo que viveu (oh! Que óbvio!), andou
por lugares… Procurou por comida, teve vontades ainda que apenas instintivas,
viu coisas ao redor do mundo. E nisso que percebi que todas as coisas, que de
alguma forma a gente tem ou utiliza ou convive ou foda-se o que você faz com
ela, mas ela tá em contato com você, tem todo um histórico, um passado e talvez
tenha vivido muitas transformações até estar agora com você. E isso não é só
pra objetos inanimados, úteis ou inúteis, decorativos ou necessários, isso é
empregado principalmente em pessoas. Imagine o quanto essas pessoas tiveram de
experiência ainda por quão pouco elas tenham vivido. Imagine o que você pode
aprender com elas. Imagine o quão marcadas elas são, e que cicatrizes elas
carregam consigo. Então, a lição que fica dos dentes de búfalos e lobos do mar
é essa: O que as coisas têm a nos dizer?
Talvez também digam: O que as pessoas têm a nos dizer?
Então ouça-as.
Ouça-as e as ajude a continuar sua história, enquanto você
escreve sua própria.
Dentes e uma cruz amiga. |