A mim, o único que me velava, era meu velho pai, a quem a dor corria e corroía a alma. E meu corpo jazia belo no caixão. Houvera eu de morrer só, sem um tostão. Amargurado e sem orações, jazia eu morto, vazio dos dois corações.
A cena triste se seguia, uma rimada cantoria, felicidade das crianças na contramão, pleno dia de São Cosme e Damião. As balas e doces corriam e o riso solto surgia, piada de ironia, com gosto de crocitar. O corvo da morte me via e o meu corpo tremia, havia eu de ressuscitar.
Escrito em 16 ou 17 de janeiro de 2014 e levemente inspirado nos poemas nisso:
Se eu morresse amanhã!
E nisso:
Lembrança de Morrer
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